Desdobramentos do Caso que Chocou Alagoas
No dia 6 de dezembro de 2024, uma confraternização escolar em Coité do Nóia, interior de Alagoas, terminou em tragédia para uma jovem de apenas 19 anos. Após ser dopada e estuprada, a jovem foi deixada em coma por cinco dias, e o principal suspeito do crime, Victor Bruno da Silva Santos, de 18 anos, permanece foragido da Justiça há mais de três meses, desde que foi decretada sua prisão preventiva. O advogado da vítima, Ikei Bento, compartilhou com a Eufêmea que o processo avança de forma preocupante e ressaltou que a vida da jovem nunca mais será a mesma.
“O andamento do caso é lento e, até hoje, o rapaz desafia a capacidade da polícia alagoana, que não consegue capturá-lo”, relatou o advogado, expressando sua frustração. Ele também mencionou que a família da jovem, identificada como Maria Daniela, teve suas vidas completamente alteradas após o incidente: “Ela está se recuperando aos poucos, passando por atendimentos semanais com diversos profissionais”.
A Luta pela Recuperação
Segundo o advogado, Maria Daniela enfrenta dificuldades significativas em sua recuperação. “Ela precisa de assistência para praticamente todas as atividades cotidianas. A jovem, por exemplo, tem dificuldades motoras; seu cérebro perdeu a capacidade de controlar os movimentos das pernas. Quando tenta se sentar, muitas vezes não consegue calcular a força necessária, resultando em quedas. As mãos dela permanecem trêmulas, e seu rosto apresenta tremores”, detalhou.
Ainda assim, a jovem continua suas sessões de fisioterapia, embora os médicos a alertem que a recuperação será lenta devido aos edemas cerebrais que sofreu. “A família aguarda ansiosamente pela prisão do suspeito”, completou o advogado, que espera que a Justiça finalmente faça valer seus direitos.
Compromisso das Autoridades
A Eufêmea entrou em contato com a Polícia Civil de Alagoas, que assegurou que o caso não foi esquecido. O agente Diogo Martins, chefe de Operações da Delegacia Regional de Palmeira dos Índios, reiterou que o mandado de prisão de Victor Bruno permanece em aberto. “Desde a expedição do mandado, ele foi amplamente divulgado entre os Estados. Apesar das várias diligências, até agora, o suspeito não foi encontrado. A Polícia Civil está atenta e, assim que ele for localizado, será preso imediatamente”, garantiu Martins.
Bastidores do Crime
Conforme relato do Ministério Público de Alagoas, o crime ocorreu em uma propriedade pertencente à família do suspeito, situada no Povoado Poção, na zona rural do município. A família de Maria Daniela afirma que o suspeito a levou a uma unidade de saúde em estado de desorientação, com marcas de sangue e traumatismo craniano severo. Investigações revelaram que a jovem foi dopada antes do ataque, e o laudo toxicológico confirmou a presença de várias substâncias químicas em seu sangue, reforçando as suspeitas de que ela foi drogada.
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Desde o início da repercussão do caso, o pai de Maria Daniela tem clamado por justiça. A jovem, que antes era cheia de vida aos 19 anos, agora precisa da ajuda constante da família para realizar até as tarefas mais simples do dia a dia. Em contraste, o pai de Victor Bruno gravou um vídeo ao lado do filho, alegando sua inocência e que provaria sua versão. Contudo, assim que a Justiça decretou sua prisão preventiva, Victor desapareceu, e até hoje continua foragido.
Quem tiver informações sobre o paradeiro de Victor Bruno da Silva Santos pode fazer denúncias anônimas pelo Disque Denúncia 181.