Decisão Importante para a Preservação Ambiental
O governo do Equador, sob a liderança de Daniel Noboa, anunciou a revogação da licença ambiental concedida à mineradora canadense Dundee Precious Metals para o controverso projeto Loma Larga. Essa medida, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Energia, visa suspender imediatamente todas as operações da empresa, em um esforço para preservar as fontes hídricas que são vitais para as comunidades da região.
As autoridades destacaram que a prioridade está em manter a proteção de ecossistemas sensíveis, uma decisão que reflete a crescente conscientização ambiental entre a população. O empreendimento de mineração, que exigiria um investimento significativo de cerca de US$ 593 milhões, estava prestes a iniciar suas atividades, com uma previsão de exploração de 12 anos, e prometia importantes reservas de ouro, prata e cobre.
Localizada nas proximidades de Cuenca, a terceira maior cidade do país, a mina subterrânea estava situada em uma área essencial para o abastecimento de água potável e irrigação. A decisão do governo foi fortemente influenciada por uma onda de protestos populares, que culminou em um ato massivo em setembro de 2025, reunindo aproximadamente 80 mil pessoas. Esses protestos evidenciaram a preocupação da população com os impactos ambientais e sociais que a mineração poderia trazer para suas vidas.
A reação da população, embora intensa, é um reflexo de um movimento mais amplo em todo o mundo, onde comunidades estão se unindo para exigir responsabilidade ambiental das empresas. Além disso, a pressão pública e o ativismo ambiental têm se mostrado eficazes em diversas regiões do planeta, levando governos a reconsiderar práticas que antes eram aceitas sem questionamento.
Por fim, a decisão de cancelar a licença da Dundee Precious Metals marca um momento significativo na política ambiental do Equador. O país, que possui uma biodiversidade rica e única, enfrenta o desafio de equilibrar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental. A reação do governo à mobilização popular pode ser vista como um sinal de que a pressão da sociedade civil está começando a moldar as políticas e decisões em torno da mineração e outros setores potencialmente prejudiciais ao meio ambiente.