Marluce Caldas Faz História como Primeira Mulher Alagoana no STJ
A indicação da procuradora de Justiça Maria Marluce Caldas Bezerra para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), anunciada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gerou grande entusiasmo entre autoridades alagoanas. Este feito histórico é significativo, pois Marluce se torna a primeira mulher do Estado a ocupar um assento na mais alta Corte infraconstitucional do Brasil.
Com uma carreira de 37 anos no Ministério Público de Alagoas (MPAL), Marluce foi escolhida a partir de uma lista tríplice que foi enviada ao Presidente em outubro de 2024. Sua nomeação reafirma a representação de Alagoas no STJ, sendo a terceira alagoana a integrar o colegiado, juntando-se aos ministros Humberto Gomes de Barros e Humberto Martins.
O ministro Humberto Martins, um dos primeiros a se manifestar sobre a escolha, destacou a importância da indicação. “A escolha da procuradora Marluce Caldas para o STJ é uma conquista das mulheres, resultado do trabalho árduo e da notável competência que ela demonstrou no Ministério Público de Alagoas. O Brasil e Alagoas ganham com essa nomeação, que representa a cidadania e a Justiça”, afirmou Martins.
Ato Simbólico Reúne Autoridades
Na noite de quinta-feira (10), o deputado federal Arthur Lira (PP) participou de um ato simbólico em Brasília, ao lado do Presidente Lula e do prefeito de Maceió, JHC (PL), que formalizou a indicação de Marluce ao cargo de ministra do STJ. O evento atraiu diversas autoridades políticas locais e nacionais, sublinhando a relevância da escolha.
A cerimônia simbolizou um passo importante na escolha de Marluce, que deve ocupar uma das vagas da Corte responsável por interpretar as leis federais do País. A nomeação, feita pelo Presidente Lula, ainda precisa de aprovação pelo Senado, mas já está sendo celebrada por várias lideranças alagoanas.
Para Lira, essa indicação representa um marco para o Estado e um avanço significativo na representatividade das mulheres no Judiciário. “A nomeação de Marluce Caldas é uma conquista para todas as mulheres brasileiras e um motivo de orgulho para Alagoas, que vê uma de suas filhas assumindo uma das mais altas Cortes do País com total mérito”, destacou o deputado.
Ele também enfatizou que o STJ será beneficiado pela futura presença de uma magistrada com um histórico de firmeza e compromisso com a Justiça. “Marluce é um exemplo de dedicação à causa do direito justo e correto”, concluiu Lira.
Trajetória de Sucesso e Conquistas
Natural de Ibateguara, na Zona da Mata de Alagoas, Marluce ingressou no Ministério Público Estadual (MPAL) em 1986, através de concurso público. Ao longo de quase quatro décadas, ela construiu uma carreira marcada pela firmeza no combate ao crime e pela sensibilidade em questões sociais. Sua atuação se destacou em várias comarcas, incluindo União dos Palmares, Maravilha e Flexeiras, além de ter sido pioneira como promotora em um júri popular em Maceió.
A Importância da Nomeação
O senador e Ministro dos Transportes, Renan Filho, utilizou suas redes sociais para enfatizar a importância dessa escolha. Ele parabenizou Marluce pela indicação, destacando que a nomeação de uma mulher alagoana para o STJ é um feito inédito. “Estou certo de que a primeira mulher alagoana a assumir essa função conduzirá seu trabalho com o mesmo afinco e dedicação que marcaram sua carreira no MPAL”, afirmou.
O ex-deputado federal João Caldas também celebrou a nomeação de sua irmã nas redes sociais. Ele ressaltou a trajetória de Marluce e seu compromisso com a ética e a Justiça. “Essa nomeação é o reconhecimento de uma vida dedicada ao serviço público”, escreveu João.
Um Marco para a Representatividade Feminina
A startup Por Mulheres Brasil também expressou sua felicidade pela chegada de Marluce ao STJ. O movimento destacou que essa nomeação não é apenas uma conquista individual, mas também um avanço na luta por igualdade e paridade nos espaços de poder, especialmente no Judiciário. “A nomeação de Marluce Caldas é um símbolo de Justiça e da representatividade que buscamos no fortalecimento da democracia. Continuaremos firmes na luta por mais mulheres em posições de liderança”, afirmou Andreia Feitosa, fundadora do Por Mulheres Brasil.