Transformação Urbana: Novo Complexo em Maceió
Nesta semana, a Prefeitura de Maceió deu início à construção do novo Complexo Administrativo da cidade, com um investimento de R$ 197 milhões oriundos da iniciativa privada. A estrutura será instalada no entorno da Praça dos Palmares e reunirá 15 secretarias e órgãos públicos municipais em três edifícios que estavam inativos. O projeto, segundo estimativas do Executivo municipal, deverá gerar uma economia anual de R$ 11,8 milhões, totalizando uma redução aproximada de R$ 330 milhões ao longo de 30 anos.
O programa denominado Novo Centro visa a reorganização do espaço urbano da região central, promovendo a moradia, requalificação de áreas públicas e atração de novos serviços. A expectativa é que a nova infraestrutura atenda cerca de 1.460 servidores e receba até 864 visitantes diariamente.
O prefeito JHC destacou a importância da assinatura da ordem de serviço, definindo o momento como uma nova fase para Maceió. “Esses prédios, que antes refletiam abandono, agora serão transformados em um Centro Administrativo moderno, sustentável e eficiente. Estamos centralizando todas as secretarias em um modelo inovador de Parceria Público-Privada (PPP), promovendo economia para os cofres públicos e mais eficiência para o cidadão”, afirmou.
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Fonte: soudebh.com.br
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Fonte: agazetadorio.com.br
Retrofit e Requalificação no Centro de Maceió
A proposta do novo complexo é fruto de um mapeamento que revelou mais de 200 imóveis subutilizados na área. O programa se desdobra em três eixos principais: Morar no Centro, que incentiva a habitação social e a requalificação de imóveis; Mirar o Centro, focando na valorização cultural e turística; e Ativar o Centro, promovendo a inclusão de novos equipamentos, como o complexo administrativo, e centros de inovação e comércio.
Além da construção do novo edifício, o plano prevê melhorias na mobilidade urbana com faixas exclusivas para ônibus, renovação de sinalização, faixas de pedestres, novos abrigos e a transformação da Rua do Comércio em uma via compartilhada.
O Complexo Administrativo é o primeiro projeto a ser realizado por meio de uma Parceria Público-Privada na capital. As empresas Engemat e Telesil, vencedoras do leilão na B3, serão responsáveis pela construção, operação e manutenção do espaço ao longo de 30 anos, abrangendo serviços como segurança, limpeza e infraestrutura tecnológica.
Virgílio Brasileiro, presidente da Engemat, ressaltou que esse modelo representa uma transformação nas relações entre o poder público e a iniciativa privada. “Estamos iniciando a revitalização do Centro e implementando uma nova abordagem de parceria, com um contrato de longa duração que requer a entrega de uma estrutura eficiente, moderna e sustentável”, afirmou.
Impacto Econômico e sustentabilidade
Estima-se que a obra gere cerca de 600 empregos diretos durante o período de construção. Após a conclusão, aproximadamente 240 funcionários permanentes serão empregados, com uma rede adicional de fornecedores e prestadores de serviços locais.
Alfredo Brêda, CEO da Telesil, acredita que o projeto poderá atrair novos investimentos para a região. “Transformaremos uma área subutilizada em um polo administrativo que poderá atrair cerca de dois mil servidores diariamente. Isso impulsionará o comércio local, serviços e o mercado imobiliário nas proximidades”, destacou.
O projeto arquitetônico, elaborado por Luiz Fernando Beltrão, aplica o conceito de retrofit, que busca preservar as estruturas existentes sem perder suas características originais. Os três edifícios que formarão o novo Complexo foram construídos entre as décadas de 1930 e 1970 e estavam desativados há alguns anos.
“É um conjunto de grande valor simbólico para a cidade. O desafio foi manter a identidade histórica dos edifícios, adaptando-os para atender aos padrões modernos de acessibilidade, eficiência energética e conforto”, explicou Beltrão.
A proposta inclui ventilação cruzada, iluminação natural, reaproveitamento de água, instalação de painéis solares e cobertura verde, com a expectativa de que o edifício alcance certificação de construção sustentável.