Compromissos em Alagoas
Na próxima quarta-feira, dia 13, a primeira-dama Janja Lula da Silva e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, desembarcarão em Alagoas. A agenda, que foca no protagonismo feminino, na cultura popular e na luta das comunidades tradicionais, está sendo organizada com o suporte dos ministérios da Pesca e Aquicultura e da Igualdade Racial, além do apoio da vereadora Teca Nelma (PT).
Pela manhã, o grupo visitará o bairro Vergel do Lago, em Maceió, onde terá a oportunidade de conhecer o trabalho da Coopmaris — uma cooperativa de marisqueiras que desempenha um papel importante no beneficiamento do sururu, um molusco típico da região.
A comitiva também irá ao entreposto do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), que realiza projetos inovadores voltados ao reaproveitamento de resíduos da casca do molusco, transformando-os em cobogós e texturas para tintas. Essa iniciativa não apenas destaca a criatividade local, mas também contribui para a sustentabilidade ambiental.
Um ponto alto da visita será uma roda de conversa com marisqueiras de várias regiões do Estado. O encontro visa proporcionar visibilidade às lutas históricas dessas trabalhadoras, que enfrentam problemas como a precarização das condições de trabalho, a falta de reconhecimento profissional e a ausência de políticas públicas efetivas para o setor.
Segundo Teca Nelma, a presença da primeira-dama e da ministra representa um marco histórico para Alagoas. “As marisqueiras carregam nas mãos a história da resistência feminina em nosso estado. O trabalho delas é uma construção ancestral, transmitida de geração em geração, que sustenta uma base econômica, social e cultural essencial”, declarou a vereadora. “Não podemos mais permitir que a pauta das marisqueiras seja invisibilizada. Este encontro com Janja e Anielle é um passo crucial para assegurar políticas permanentes e eficazes para essas trabalhadoras.”
A programação ainda promete momentos de valorização da cultura popular alagoana, com apresentações artísticas e exposições de artesanato feitas por mulheres das comunidades tradicionais. A expectativa é que a agenda não apenas fortaleça o diálogo entre os governos federal e municipal, mas também traga novas perspectivas para o desenvolvimento sustentável da atividade pesqueira artesanal, essencial para a economia local.