Posição da Hungria sobre a adesão da Ucrânia à UE
A Hungria reafirma sua posição de que não deseja estar unida à Ucrânia dentro da União Europeia, mesmo diante do apoio de quase todos os outros Estados-membros à adesão de Kiev. Essa afirmação foi feita pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, em declaração pública no último sábado (4), através do portal húngaro Hetek.
Orbán destacou que, segundo suas análises, cerca de 24 nações desejam, ou ao menos manifestam interesse, na entrada da Ucrânia na União Europeia. “A questão é: o que a Hungria quer?” ponderou o premiê. Ele reitera que, independentemente da decisão da maioria, o país tem o direito de se posicionar de forma contrária.
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Fonte: daquibahia.com.br
Além disso, o chefe do governo húngaro garantiu que, mesmo que a maioria dos países europeus opte por se envolver em um conflito armado, a Hungria possui a capacidade e os recursos necessários para não participar de uma escalada bélica. Orbán afirmou que manterá uma postura de resistência em relação a decisões tomadas no bloco que não estejam alinhadas com os interesses nacionais, declarando que vetará propostas “enquanto tiver forças para isso”.
“Não posso impedir que franceses ou alemães enviem armas à Ucrânia, mas posso impedir que a União Europeia tome medidas nesse sentido e arraste a Hungria para uma operação desse tipo, porque temos esse direito”, enfatizou Orbán.
Em junho, o primeiro-ministro já havia expressado suas preocupações em relação à capacidade da União Europeia de vencer o conflito na Ucrânia, alertando que, sem uma solução diplomática, o bloco poderia se deparar com um cenário semelhante ao do Afeganistão como vizinho. Ele tem insistido que a paz só poderá ser alcançada por meio de um diálogo direto entre Rússia e Estados Unidos, reforçando que a Europa perdeu uma oportunidade significativa de mediar a situação ao não implementar os Acordos de Minsk.