Investigação em Andamento
A Polícia Civil de Alagoas está em busca de respostas após um grave caso de estupro que envolveu um adolescente de apenas 13 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O incidente ocorreu na tarde de ontem no bairro da Serraria, em Maceió. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AL) confirmou que o suspeito foi identificado, mas ainda não foi localizado até o fechamento desta matéria.
O caso está sendo tratado pela Delegacia de Combate aos Crimes Contra Criança e Adolescente (DCCCA), sob a liderança da delegada Talita Aquino. Segundo informações da polícia, o crime teria ocorrido quando o jovem entrou no carro do suspeito. Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que o adolescente se aproxima do veículo e o embarca.
Nas gravações, o menino é visto caminhando ao lado de um porteiro do condomínio onde reside, o que levanta questões sobre a segurança dos moradores e o papel dos funcionários no local. O condomínio emitiu uma nota esclarecendo que o porteiro acreditava que se tratava do carro do pai do adolescente, uma vez que o automóvel possuía características semelhantes ao veículo do genitor, como modelo, cor e ano. Além disso, o jovem teria informado ao porteiro que estava indo se encontrar com o pai.
Devido à localização do carro, que estava estacionado a uma certa distância, o porteiro decidiu acompanhá-lo até o veículo. O condomínio destacou que o funcionário não tem qualquer relação com o crime, enfatizando a necessidade de manter a segurança e a vigilância necessárias dentro de sua estrutura.
Desdobramentos da Ocorrência
No início, a Polícia Militar foi acionada após a denúncia de sequestro. Contudo, as investigações posteriores indicaram que se tratava, na verdade, de um caso de abuso sexual. O adolescente retornou para casa em seguida, mas ainda não se sabe ao certo como ocorreu esse retorno. Em um momento de confiança, ele relatou à mãe os abusos que sofrera, o que levou ao registro do caso em um Boletim de Ocorrência.
A vítima foi levada pela Polícia Militar ao Hospital da Mulher, onde recebeu assistência da Rede de Atenção às Vítimas de Violência (RAV). Este suporte é crucial para garantir que o adolescente receba o atendimento necessário, tanto físico quanto psicológico, em um momento tão delicado.
A Polícia Militar também ressaltou a importância da colaboração da população. Informações sobre o caso ou sobre o paradeiro do suspeito podem ser transmitidas de forma anônima por meio do Disque Denúncia, pelo número 181. A participação da comunidade é essencial para que a justiça seja feita e para que situações como essa não se repitam.