Primeira participação da escola na Olimpíada de História do Brasil
A Escola Estadual Professor Edmilson de Vasconcelos Pontes, localizada no bairro do Farol, em Maceió, alcançou um marco significativo ao se tornar a primeira instituição da rede pública de Alagoas a chegar à final da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB). Este evento, promovido pela Unicamp, está em sua 17ª edição e reconhece o talento e a dedicação de estudantes e educadores de todo o país.
As alunas do 9º ano, Heloísa Maria de Melo Felinto, Mayra Ketely Batista da Silva e Ritha de Kássia Silva Barros Tourinho, se preparam para representar Alagoas nos dias 30 e 31 de agosto, em Campinas, São Paulo. Para possibilitar a participação presencial, a equipe decidiu realizar uma vaquinha online, uma vez que ainda faltam aproximadamente R$ 2.500 para cobrir despesas com alimentação, hospedagem e a presença da professora acompanhante. As contribuições podem ser feitas através da chave PIX: [email protected].
A trajetória da Escola Estadual Professor Edmilson de Vasconcelos Pontes na Olimpíada começou em 2023, quando participaram pela primeira vez da versão aberta da competição. Desde então, o projeto ganhou força, sob a orientação da professora Vanieire dos Santos Oliveira Ramos, que percebeu o potencial dos alunos nas aulas de História. “O objetivo era não só testar conhecimentos históricos, mas também desenvolver habilidades que seriam úteis em outras disciplinas”, relata a educadora.
Experiência transformadora para os estudantes
A participação na olimpíada foi um divisor de águas para as alunas. Ana Sophie, de 14 anos, expressou sua alegria com a conquista: “No começo, eu nem sabia que existia uma Olimpíada de História. Desde que a professora nos apresentou, nunca mais parei. Essa competição mostra que a gente pode ir longe”, afirmou.
Mayra, em sua primeira experiência em competições, também destacou a importância do apoio da professora. “Foi minha primeira vez participando e eu jamais imaginava estar vivendo isso. A professora Vanieire viu potencial em nós, mesmo quando a gente mesma não via. Isso fez toda a diferença”, comentou. Ela enfatizou que a ONHB representa um desafio significativo que exige compromisso e trabalho em equipe.
Neste ano, a equipe conseguiu avançar até a fase nacional, superando várias etapas e desafios, incluindo a falta de recursos, como computadores no laboratório de informática. A rotina de estudos é intensa, com reuniões virtuais e leituras diárias, que preparam os alunos para a competição.
O impacto da Olimpíada na educação e aprendizado
“Eles estão desenvolvendo uma pesquisa que envolve leitura bibliográfica e análise de fontes históricas”, explicou a professora Vanieire. O tema escolhido pela equipe aborda a ditadura civil-empresarial-militar em Alagoas, uma questão relevante e complexa da história nacional.
A Olimpíada, organizada pela Unicamp em parceria com o Departamento de História, o Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), a Anpuh e o CNPq, aborda diversas temáticas interdisciplinares, incluindo geografia, literatura, arqueologia, patrimônio cultural, urbanismo e atualidades. Essa abordagem amplia o repertório dos alunos, permitindo que eles façam conexões entre os conteúdos das aulas e os temas da competição.
Ao discutir os investimentos na formação dos alunos, a professora Vanieire destaca que os benefícios vão além das medalhas: “Eles começaram a fazer conexões entre os temas da ONHB e as matérias que aprendem em sala de aula. Ganhamos muito mais do que medalhas: ganhamos aprendizado, espírito de equipe e amadurecimento.”