7 Dicas para Envolver as Crianças na Economia Doméstica
O Dia das Crianças, celebrado neste domingo (12), é uma excelente oportunidade para introduzir conceitos de responsabilidade financeira às crianças. Especialistas destacam que o aprendizado sobre dinheiro deve ter início na infância, formando adultos mais conscientes em relação ao consumo.
“Na infância, estabelecemos a base que influenciará a vida adulta — incluindo a introdução de responsabilidade e escolhas acertadas”, afirma Luiz Edson Feltrim, superintendente de Cidadania e Sustentabilidade do Sicoob. A educação financeira é crucial, pois prepara as crianças para entender que o dinheiro é uma ferramenta para realizar sonhos e objetivos, impactando sua capacidade de construir um futuro financeiro sólido.
Everton Antônio de Barros, educador financeiro, aconselha que o processo de ensino comece com ações simples, como uma visita ao supermercado. “Dê R$ 10 ao seu filho e permita que ele escolha o lanche semanal dentro desse orçamento. Essa experiência não só ensina decisões financeiras, mas também celebra acertos. É um passo vital para moldar um adulto financeiramente consciente e preparado para um futuro próspero”, recomenda Barros, especialista em investimentos.
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Para ele, a educação financeira deve ser uma prática cotidiana, refletindo-se nas conversas e comportamentos familiares. “As crianças observam e replicam o que veem. Por isso, é essencial que os pais demonstrem hábitos financeiros saudáveis e responsáveis”, orienta.
Contribuições Práticas para a Educação Financeira
A professora Hellen Kato, da Me Poupe!, acredita que ao incluir as crianças nas discussões sobre despesas familiares, é possível desmistificar o dinheiro. “Conversar sobre finanças não deve ser um tabu. É uma forma de ensinar sobre planejamento e responsabilidade”, diz.
A falta de educação financeira tem sido apontada como um dos fatores que contribuem para o crescente endividamento da população brasileira. Recentemente, o índice de inadimplência atingiu a marca de 30,5% das famílias, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor.
Amerson Magalhães, economista da Crefaz, salienta que é possível reverter essa situação com disciplina e organização familiar. “Muitas pessoas pensam que só podem economizar quando há dinheiro sobrando. Na prática, é a economia que cria essa sobra. Pequenas quantias, como o valor de um chiclete, podem se acumular e se transformar em um fundo financeiro significativo”, afirma Magalhães.
Ele propõe algumas estratégias para incluir as crianças nesse processo:
- Ofereça uma mesada educativa: Seja uma mesada ou uma “semanada”, o importante é ensinar que esse valor é limitado. A mesada deve ser um instrumento pedagógico, acompanhada de diálogos que expliquem que o dinheiro não é infinito.
- Envolva as crianças nas compras: Levar os pequenos ao mercado pode ser uma aula prática sobre preços e escolhas. Eles aprendem a comparar produtos e a entender as decisões de compra da família.
- Crie uma ‘Caixinha dos Sonhos’: Estimule a criança a guardar parte do dinheiro para adquirir algo que deseja. Isso pode ser feito através de um cofre ou pote transparente para visualizar a economia.
- Ensine a evitar desperdícios: Mostrar que pequenas atitudes, como apagar a luz ou fechar a torneira, podem impactar o orçamento é essencial. A educação financeira deve abranger a responsabilidade com os recursos disponíveis.
- Invente brincadeiras: Jogos de loja em casa ou tabuleiros com dinheiro de mentira ajudam a introduzir conceitos de consumo e investimento de maneira lúdica.
- Estimule doações: Incluir as crianças nas doações de roupas e brinquedos é uma forma de ensiná-las sobre empatia e sobre a importância de compartilhar.
- Converse sobre dinheiro: Explique como a família organiza seus ganhos e gastos. Essa transparência ajuda a criar uma consciência coletiva sobre as finanças, aumentando as chances de sucesso no planejamento financeiro.
Tratar de finanças em família pode ser desafiador, mas quando todos participam do gerenciamento financeiro e compartilham suas conquistas, o aprendizado se torna mais significativo. Cada meta alcançada deve ser celebrada, reforçando assim a importância de uma educação financeira sólida desde a infância.