Crescimento da Economia Solidária em Maceió
A Economia Solidária em Maceió apresenta um crescimento notável, com um aumento de 50% nas atividades relacionadas a feiras e eventos. Este setor não apenas gera mais empregos formais, mas também fortalece os empreendedores que atuam de forma autônoma, pautados na cooperação e na sustentabilidade. As ações e estratégias implementadas pela Prefeitura de Maceió têm sido fundamentais para esse avanço, que se reflete em um movimento crescente no turismo e nas iniciativas econômicas locais.
A Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Economia Solidária (Semtes) informou que o aumento no turismo e na realização de eventos elevou a demanda por participação na Economia Solidária. “Em comparação a 2024, observamos um crescimento de 50% na procura por novos adeptos, especialmente entre trabalhadores da gastronomia”, revelou Salomé Holanda, coordenadora do programa.
Autonomia e Crescimento Pessoal
Embora o número de novos participantes tenha aumentado, Salomé destacou que também houve uma saída de alguns trabalhadores do modelo de Economia Solidária. Essa transição é vista como um sinal de amadurecimento, onde ex-cooperados se sentem capacitados para administrar seus próprios negócios. Através desse modelo, que enfatiza a autogestão e a produção coletiva, muitos aprenderam a lidar com comercialização, finanças e sustentabilidade, permitindo-lhes operar de forma independente.
“É gratificante observar o crescimento e a evolução daqueles que passaram pela Economia Solidária. Ver pessoas adquirindo habilidades para atuar de forma autônoma é um reconhecimento do impacto positivo que nossa abordagem proporciona. Todos ganham, inclusive a cidade”, destacou Salomé.
Iniciativas que Fortalecem o Setor
Dentro do escopo do turismo, a Prefeitura de Maceió lançou as vilas temáticas, que transformam espaços públicos em centros de cultura e lazer, decorados de acordo com datas festivas. Essas iniciativas não apenas atraem turistas, mas também criam novas oportunidades para os empreendedores locais. Salomé ressaltou que as vilas têm sido um verdadeiro impulso para a comercialização dos produtos dos cooperados. “As vilas temáticas se tornaram vitrine para os nossos empreendedores, movimentando o turismo e oferecendo visibilidade e oportunidades de venda”, explicou.
Além das vilas, a prefeitura organiza feiras itinerantes que vão a locais icônicos, como a praia de Pajuçara e o Maceió Shopping. Esses eventos garantem que artesãos e trabalhadores da gastronomia tenham a chance de expor seus produtos a um público mais amplo, criando um ciclo de visibilidade e geração de renda.
Histórias de Sucesso na Economia Solidária
Um exemplo inspirador é o de Ana Cláudia Gonçalves do Nascimento, artista plástica que passou 15 dos seus 49 anos na Economia Solidária, buscando liberdade e flexibilidade em seus horários de trabalho. Desde 1996, ela vive em Maceió e encontrou no artesanato uma fonte de renda. Ana começou sua trajetória comercializando artesanatos simples, adquirindo ao longo dos anos um novo nível de profissionalismo.
Após conhecer a Economia Solidária, Ana percebeu que poderia alavancar seu negócio. “A experiência me transformou. Agora, eu entendo como negociar e trazer mais qualidade aos meus produtos”, conta. Estudando finanças e técnicas de comercialização, Ana se destacou e decidiu, finalmente, seguir seu caminho de forma independente em 2025.
“Se não fosse pela Economia Solidária, eu não teria me tornado empreendedora. Aprendi que o sucesso não se constrói sozinho e a força do coletivo fez toda a diferença. A Ecosol está presente na minha vida; mesmo não fazendo mais parte formalmente, eu sou a própria Economia Solidária”, conclui Ana, refletindo o impacto positivo que essa experiência teve em sua trajetória.

