Entraves na Implementação de Políticas Públicas
Após 14 anos desde a criação do Plano de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAE), Alagoas ainda enfrenta desafios significativos na execução das ações previstas. Esse diagnóstico preocupante foi apresentado em uma série de seminários promovidos pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Os encontros, realizados até esta quinta-feira (9), revelaram que as iniciativas de combate à desertificação carecem de um avanço substancial.
Pesquisadores que participaram dos seminários identificaram falhas estruturais como a falta de recursos financeiros adequados, a inefetividade dos instrumentos institucionais e a descontinuidade das políticas públicas como os principais obstáculos. Embora haja algumas ações indiretas relacionadas ao tema, as propostas do PAE ainda permanecem, em sua maioria, apenas no papel.
Importância do Canal do Sertão e Ações Indiretas
Entre os diversos tópicos discutidos, destacou-se a relevância do Canal do Sertão, com a necessidade de que os recursos destinados à compensação ambiental da obra sejam efetivamente utilizados em benefício das regiões afetadas. Apesar da existência de ações paralelas, os representantes enfatizaram que as propostas do plano original de combate à desertificação não foram devidamente implementadas.
Fonte: odiariodorio.com.br
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Fonte: omanauense.com.br
Expectativa de um Novo Ciclo
Victor Uchôa, coordenador de Desenvolvimento Territorial, Infraestrutura e Meio Ambiente da Sudene, relatou que muitos dos participantes que contribuíram para a elaboração do primeiro PAE expressaram frustração com os resultados obtidos até o momento. No entanto, também surgiram vozes otimistas que esperam que a revisão atual do plano marque o início de um novo ciclo de implementação eficaz e contínua das políticas de combate à desertificação no estado. “Esses seminários de revisão dos Planos Estaduais de Combate à Desertificação nos proporcionam a oportunidade de identificar lacunas, agravamentos e possíveis soluções, o que é essencial para apoiar os estados na estruturação de um novo PAE”, afirmou Uchôa.
Participação Diversificada nos Seminários
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Fonte: daquibahia.com.br
Os encontros realizados em Santana do Ipanema contaram com a participação de representantes de comunidades quilombolas, povos indígenas, agricultores familiares, gestores municipais, bem como representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Comitê de Bacia Hidrográfica. Em Delmiro Gouveia, estiveram presentes representantes dos poderes Legislativo e Executivo municipal, das secretarias de Meio Ambiente e Agricultura, da Emater, do Instituto do Meio Ambiente (IMA), da Semarh, além de órgãos federais.
Próximos Passos e Abertura ao Público
Os próximos seminários estão agendados para os dias 23 e 24 de outubro em Minas Gerais, seguindo uma série que já passou por estados como Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo e Paraíba. A participação é aberta ao público, e as inscrições podem ser realizadas no site www.proades.com.br.