Destaque Nacional nas vendas do Varejo
O comércio varejista de Alagoas apresentou um crescimento expressivo de 4% em junho, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse resultado coloca o estado na segunda posição entre os melhores desempenhos do Brasil, apenas atrás do Mato Grosso, que teve uma alta de 4,6%.
No comparativo entre maio e junho, Alagoas foi um dos onze estados que registraram desempenho positivo, com um leve aumento de 0,4%. Isso demonstra uma tendência de recuperação e estabilidade no mercado local.
No acumulado de 2024, as vendas no comércio alagoano subiram 4,6%, posicionando-se como o quarto maior crescimento do país. O Amapá lidera o ranking com uma impressionante alta de 7,8%, seguido pela Paraíba e Santa Catarina, ambas com 6,2%.
crescimento Sustentável no Longo Prazo
Ao longo de doze meses, o setor alagoano mostrou um crescimento de 6,1%, ocupando novamente a quarta posição no Brasil, atrás de Amapá (11%), Paraíba (9,9%) e Rio Grande do Sul (6,2%). Esses números reforçam a dinâmica positiva do comércio em Alagoas.
Por outro lado, o comércio em nível nacional apresentou um recuo de 0,1% na transição de maio para junho. Este foi o terceiro trimestre consecutivo de queda, conforme os dados da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE. Em termos percentuais, o setor acumula uma diminuição de 0,8% em relação ao pico registrado em março deste ano, que é o mais alto desde o início da série histórica do IBGE, em 2000.
No primeiro semestre de 2024, o comércio brasileiro acumulou uma expansão de 1,8%. Em uma análise de doze meses, o crescimento foi de 2,7%. Comparado a junho do ano anterior, houve uma leve alta de 0,3%.
Desafios e Perspectivas para os Próximos Meses
De acordo com Cristiano dos Santos, gerente responsável pela pesquisa, o comportamento dos últimos três meses é visto como um indicativo de estabilidade, embora com uma tendência de baixa. “No geral, neste primeiro semestre, observamos um crescimento significativo até março, seguido de uma desaceleração leve”, analisa.
Os fatores que podem estar contribuindo para essa desaceleração incluem a redução do crédito, impulsionada pela elevação da taxa de juros, além da inflação que se mantém acima da meta estabelecida pelo governo, que é de 3% ao ano, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual. O Banco Central tem buscado conter a inflação através do aumento das taxas de juros.
Por outro lado, Cristiano destaca que o nível de emprego e renda no semestre apresenta sinais positivos, o que pode fortalecer o consumo. Em junho, o Brasil alcançou uma taxa de desemprego de 5,8%, a menor desde o início da série histórica do IBGE em 2012, além de um recorde no rendimento dos trabalhadores.
Por fim, das oito atividades analisadas pelo IBGE, cinco mostraram retração entre maio e junho:
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,7%)
- Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%)
- Móveis e eletrodomésticos (-1,2%)
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,9%)
- Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%)
Entretanto, alguns segmentos se destacaram pelo crescimento, incluindo:
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%)
- Tecidos, vestuário e calçados (0,5%)
- Combustíveis e lubrificantes (0,3%)