Fatores que Podem Fazer a Diferença
Na próxima quinta-feira (7), o CRB se prepara para um dos desafios mais cruciais da sua temporada: a partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Apesar de não ser considerado o favorito, o time regatiano conta com elementos que podem acender a esperança do torcedor em uma classificação histórica. O fator casa, que se mostrou decisivo em jogos anteriores, como na fase contra o Santos, aliado ao recente desempenho abaixo do esperado do Cruzeiro, abre brechas para um resultado positivo.
Para avançar, o CRB terá que superar o time que é o maior campeão da Copa do Brasil. Com seis títulos em seu currículo, o Cruzeiro busca conquistar o heptacampeonato, mas sua trajetória tem sido marcada por alguns deslizes históricos que poderão favorecer os alagoanos neste confronto.
No histórico da competição, o Cruzeiro apresenta um retrospecto curioso: em 18 jogos disputados em partidas de ida e volta, a equipe só conseguiu se classificar duas vezes após uma derrota na partida de ida. As eliminação incluem uma derrota para o próprio CRB em 2020, o que adiciona um tempero especial à atual rivalidade.
Os dados sobre o desempenho da Raposa em situações semelhantes são reveladores. Em 1989, o Cruzeiro foi eliminado pelo Botafogo-PB, após um empate em 0x0 em casa e um 1×1 fora. Em 1990, nova eliminação contra o Goiás, desta vez por uma goleada de 4×0 fora de casa depois de outro empate em 0x0. O time também sofreu eliminações em anos como 2006 e 2007, e em 2016, a equipe foi derrotada pelo Grêmio na semifinal, enquanto em 2019 enfrentou o Internacional, outro resultado decepcionante. E claro, a lembrança da eliminação para o CRB em 2020 ainda está viva na memória.
Desempenho Recente Complica a Situação do CRB
Além das expectativas para a Copa do Brasil, o CRB vem de uma derrota dolorosa na Série B, onde caiu por 3 a 2 diante da Chapecoense, no último domingo (3). Essa partida levantou preocupações sobre a forma como a equipe se apresentou, especialmente no primeiro tempo, que foi considerado o pior sob a gestão do técnico Eduardo Barroca. Durante a coletiva pós-jogo, Barroca destacou a necessidade urgente de uma resposta do time em campo, enfatizando que não se pode repetir o desempenho insatisfatório da partida anterior.
“Foi, sem dúvida, nosso pior primeiro tempo desde que cheguei ao CRB”, afirmou o treinador, reflexivo sobre o desempenho de seus jogadores. Ele ainda ressaltou que a equipe não se apresentou organizada e cometeu falhas graves na marcação, permitindo que a Chapecoense aproveitasse as oportunidades e conseguisse um resultado favorável.
A derrota também trouxe à tona um dado alarmante: o CRB está agora em uma sequência de 12 jogos sem conseguir vencer fora de casa, o que representa a terceira pior campanha como visitante na atual competição. É um cenário que exige mudanças rápidas e uma mentalidade renovada antes do duelo decisivo contra o Cruzeiro.
Com um histórico controverso e um desempenho irregular, a pressão sobre o CRB aumenta, mas as possibilidades de uma classificação na Copa do Brasil não estão totalmente fora de alcance. O jogo promete emoções para os torcedores, que esperam ver uma reviravolta nesta trajetória repleta de desafios.