Medidas de Enfrentamento em Alagoas
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), vinculada ao Ministério da Saúde (MS), se reuniram na última quinta-feira (11) para discutir estratégias de combate à Doença Meningocócica em Alagoas. O encontro, que ocorreu na Sala de Situação da Sesau, em Maceió, contou com a participação de representantes do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL).
Durante a reunião, foram abordados protocolos de vigilância, diagnóstico precoce e a necessidade de reforçar ações preventivas para minimizar os riscos à saúde da população alagoana. Já no período da tarde, um grupo técnico formado por membros da Sesau, do Cosems/AL e da Força Nacional do SUS visitou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) na capital e uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Campo Alegre.
O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destacou a importância da iniciativa como uma prioridade do Governo de Alagoas na proteção da população contra doenças com alto potencial de gravidade. “A Doença Meningocócica exige atenção especial e, por isso, estamos unindo forças com o Ministério da Saúde para garantir mais segurança e saúde aos alagoanos. O acesso ao tratamento pode salvar vidas e a determinação do governador Paulo Dantas é que unamos esforços para assegurarmos assistência ágil e eficiente à população”, enfatizou o gestor da Sesau.
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A médica pediatra e assessora técnica da Sesau, Marta Celeste, que também participou da discussão, ressaltou que o encontro teve como objetivo reafirmar o compromisso do Estado em dar continuidade ao trabalho já desenvolvido. “Além de alinhar novas estratégias com os municípios, buscamos fortalecer a resposta no combate à Doença Meningocócica”, acrescentou.
Compromisso do Ministério da Saúde
O coordenador-geral de Urgência do Ministério da Saúde, Felipe Roque, também comentou sobre a importância da articulação entre os setores no combate a essa enfermidade. “Este é um esforço que envolve a capacitação das equipes, a sensibilidade dos trabalhadores, os indicadores de vigilância e a análise laboratorial. Durante esse período, iremos avaliar a situação de forma conjunta e rever os encaminhamentos já apresentados no Estado”, afirmou.
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Entendendo a Doença Meningocócica
A Doença Meningocócica é uma infecção grave, provocada pela bactéria Neisseria meningitidis, que pode evoluir com rapidez e causar complicações severas. Between 1º de janeiro e 1º de setembro deste ano, Alagoas registrou 14 casos e seis óbitos associados à Doença Meningocócica.
Nos casos mais graves, a doença é classificada como Doença Meningocócica Invasiva. Os sintomas iniciais assemelham-se aos de outras doenças, tornando o diagnóstico desafiador. Pacientes costumam apresentar febre alta, dores de cabeça, náuseas, vômitos, fotofobia e uma queda significativa do estado geral de saúde.
Entretanto, alguns sinais podem indicar que o quadro é uma meningite meningocócica, como a presença de petéquias, manchas marrom-arroxeadas resultantes de pequenos sangramentos na pele. Outros sintomas incluem rigidez do pescoço e da nuca, que podem não ocorrer em crianças com menos de dois anos de idade.
A Doença Meningocócica Invasiva é extremamente perigosa, com a literatura médica indicando que entre 20% a 30% dos infectados no Brasil podem não sobreviver. Dentre os sobreviventes, de 10% a 20% podem ficar com sequelas como surdez, amputações ou comprometimentos neurológicos.