Debate sobre Flanelinhas em Maceió
A Câmara Municipal de Maceió promoveu, nesta quarta-feira (24), um debate significativo sobre a atuação irregular de flanelinhas na capital. O vereador Thiago Prado foi um dos que levantou a questão, fazendo referência a um incidente recente em que um flanelinha foi preso após danificar o vidro de um carro estacionado no bairro do Jaraguá.
O vereador enfatizou que a prática de exigir pagamento dos motoristas para estacionar em vias públicas é considerada crime. Com isso, ele apresentou uma proposta que sugere que a guarda municipal e a Diretoria Municipal de Transporte e Trânsito (DMTT) realizem operações frequentes para coibir essas ações.
“Pedir e solicitar é plenamente possível sob o ponto de vista da legislação brasileira. No entanto, exigir que se pague por um serviço que não foi prestado é inaceitável, carece de respaldo legal e é passível de penais, incluindo reclusão,” declarou Thiago.
Soluções em Debate
A vereadora Jeannyne Beltrão complementou a discussão, apontando que a realidade se torna cada vez mais complicada, especialmente nas áreas centrais da cidade. Ela sugeriu que a implementação de zonas azuis poderia ser uma alternativa viável para solucionar o problema dos flanelinhas.
“A criação de zona azul pode oferecer retorno financeiro ao município, ao mesmo tempo que promove ações de disciplina e orientação para os motoristas de Maceió. É necessário que o secretário da DMTT reanalise alguns locais enquanto buscarmos soluções de estacionamento público,” afirmou Jeannyne.
Leonardo Dias também contribuiu para o debate, comentando sobre a crescente aceitação da população em relação à instalação de zonas azuis. “Hoje, se você vai à praia e consegue encontrar uma vaga, acaba deixando entre 20 e 40 reais para um flanelinha, para evitar danos ao seu veículo,” observou.
Educação e Qualificação como Saída
O vereador Siderlane Mendonça trouxe à tona a questão da qualificação, sugerindo que essa poderia ser uma saída para aqueles que exercem a função de flanelinha temporariamente. “Buscar qualificação pode ser muito benéfico, permitindo que essas pessoas deixem essa profissão ou a desempenhem de forma mais adequada e respeitosa,” afirmou Siderlane.
Com a discussão em curso, fica claro que a Câmara de Maceió busca não apenas coibir práticas ilegais, mas também encontrar soluções que possam beneficiar a população e aqueles que atuam no setor de estacionamento da cidade. O debate ressalta a importância de um planejamento urbano que atenda tanto a necessidade dos motoristas quanto às circunstâncias dos trabalhadores informais.