Medidas Anunciadas pelo Ministério da Saúde
No dia 22 de novembro, o Ministério da Saúde revelou, em Brasília, uma série de ações destinadas a expandir os serviços de radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as principais iniciativas, destacam-se a criação de um auxílio que cobrirá despesas de transporte, alimentação e hospedagem para pacientes em tratamento, a centralização na aquisição de medicamentos e um repasse de R$ 156 milhões anuais para estimular o aumento do número de atendimentos.
“Estamos colocando a radioterapia em um novo patamar no cuidado ao paciente com câncer”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante uma coletiva de imprensa. Na ocasião, foram assinadas portarias que estabelecem novas diretrizes para os serviços de radioterapia e para a Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade (Apac).
Segundo o Ministério da Saúde, quase 40% dos pacientes que buscam radioterapia pelo SUS precisam se deslocar fora de sua região de saúde, percorrendo em média 145 quilômetros. É importante ressaltar que a radioterapia é recomendada em aproximadamente 60% dos casos de câncer.
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Apoio Financeiro aos Pacientes
O novo auxílio financeiro assegura R$ 150 para o transporte e mais R$ 150 por dia para alimentação e hospedagem dos pacientes e acompanhantes durante o tratamento. Além disso, uma portaria publicada no Diário Oficial da União amplia a assistência farmacêutica oncológica, tornando a União responsável pela aquisição de medicamentos de alto custo para o tratamento de câncer, com ênfase nas novas tecnologias.
Com essa nova abordagem, o governo espera reduzir os preços dos medicamentos em até 60% por meio de negociações em escala nacional. O processo envolverá a compra centralizada realizada pelo ministério, negociações de preços e aquisições descentralizadas pelas instituições de saúde oncológica, sob autorização específica.
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Novas Estratégias de Financiamento
Outra mudança significativa envolve a forma de financiamento dos serviços de radioterapia. A nova portaria cria um mecanismo de incentivo financeiro que visa aumentar o número de pacientes atendidos. Agora, quanto maior o número de atendimentos, mais recursos serão disponibilizados, incentivando o uso máximo da capacidade dos aceleradores lineares, equipamentos utilizados nas terapias.
As unidades que atenderem entre 40 e 50 novos pacientes por acelerador linear terão um acréscimo de 10% na remuneração por procedimento. Esse aumento chega a 20% para 50 a 60 pacientes e 30% para unidades que atendessem mais de 60 novos pacientes. “Isso representa uma nova lógica para maximizar a capacidade ociosa e, consequentemente, reduzir o tempo de espera para o tratamento”, destacou Padilha.
Mobilização do Setor Privado
O governo também busca envolver o setor privado, oferecendo condições especiais para o financiamento de equipamentos de radioterapia. As instituições privadas deverão disponibilizar pelo menos 30% de sua capacidade instalada para o SUS, por um período mínimo de três anos. “Não é viável consolidar uma rede pública sem atrair a infraestrutura privada, que possui a maioria dos equipamentos e profissionais especializados em tratamento oncológico”, enfatizou o ministro.
As iniciativas anunciadas refletem o compromisso do governo em melhorar o cuidado aos pacientes com câncer e a eficiência dos atendimentos no SUS. O programa Agora Tem Especialistas, lançado em maio, visa reduzir o tempo de espera por atendimentos especializados na rede pública de saúde, mostrando um avanço significativo nas políticas públicas voltadas à saúde oncológica.