Setores que Impulsionaram o Crescimento
No mês de junho, Alagoas registrou a criação de 2.245 vagas com carteira assinada, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na última segunda-feira (4) pelo Ministério do Trabalho e emprego (MTE). Esse número reflete a diferença entre as 14.882 admissões e os 12.637 desligamentos que ocorreram no período, destacando um cenário positivo para o estado.
A indústria foi o principal motor desse crescimento, com a abertura de 1.438 postos de trabalho formais. Contudo, o setor da construção civil apresentou uma exceção negativa, fechando 270 vagas. Em contrapartida, a maioria dos outros setores revelou um desempenho positivo, registrando novas contratações. A área do comércio, por exemplo, ficou em segundo lugar no número de empregos gerados, com a criação de 527 novas vagas. Na sequência, a agropecuária e os serviços abriram, respectivamente, 291 e 259 postos.
Perfil dos Novos Contratados e Cenário Nacional
Entre os empregos gerados em junho, 1.657 foram ocupados por homens e 588 por mulheres. O público jovem, especialmente na faixa etária de 18 a 24 anos, se destacou, com a criação de 1.143 novas oportunidades. Estes dados indicam uma tendência de valorização da força de trabalho jovem no mercado local.
No cenário nacional, no entanto, a criação de empregos apresentou um recuo de 19,2% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Em junho deste ano, foram criados 166.621 postos de trabalho com carteira assinada. Para efeito de comparação, em junho de 2024, o número foi de 206.310 vagas. Essa informação é crucial, uma vez que representa o menor volume de contratações nos últimos meses, considerando que em 2023 foram abertas 155.704 vagas. É importante lembrar que essa análise leva em conta a metodologia do Caged, que foi reformulada em 2020.
Desempenho Semestral e Comparações Anuais
No acumulado dos seis primeiros meses do ano, Alagoas criou um total de 1.222.591 novas vagas de emprego. Este resultado representa uma queda de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram gerados 1.311.751 postos de trabalho formais. É fundamental ressaltar que a nova metodologia do Caged impossibilita a comparação direta com dados de anos anteriores a 2020, o que limita uma análise mais ampla da evolução do mercado de trabalho ao longo dos anos.
O desempenho do primeiro semestre foi liderado pela área de serviços, que abriu 77.057 novos postos de trabalho. O comércio seguiu na sequência, com um acréscimo de 32.938 vagas. A agropecuária, beneficiada pela safra, gerou 25.833 novas oportunidades. A indústria, em suas diversas formas, também contribuiu, com a criação de 20.105 postos. Por último, a construção civil apresentou um crescimento com a abertura de 10.665 novas vagas, evidenciando uma recuperação gradual em um setor que foi desafiado por períodos anteriores de instabilidade.