A Capital Alagoana em Ascensão
O Produto Interno Bruto (PIB) de Maceió experimentou um salto expressivo, crescendo de R$ 4,28 bilhões em 2002 para R$ 33,75 bilhões em 2023, considerando valores atualizados. Os dados, divulgados pelo IBGE no relatório PIB dos Municípios 2022-2023, mostram que a participação da capital na economia do estado aumentou de 37,1% para 37,6%, um crescimento de 0,5 ponto percentual.
Esse desempenho robusto destaca Maceió como uma das únicas duas capitais brasileiras que conseguiram ampliar sua fatia no PIB estadual entre 2002 e 2023, em um contexto onde a maioria das capitais registrou queda. A outra cidade que se destacou foi Porto Velho, em Rondônia, que viu sua participação subir de 31,1% para 33,2%.
O Cenário Nacional e Regional
No panorama geral, a participação das capitais no PIB do Brasil caiu de 36,1% para 28,3%, evidenciando uma tendência de perda de influência econômica das cidades capitais. No Nordeste, essa redução foi de 35,9% para 27,6%. Em Alagoas, especificamente, Maceió e Arapiraca, juntas, representaram cerca de 45% do PIB do estado em 2023, o que confirma a concentração das atividades econômicas em polos urbanos limitados.
Variação do PIB Alagoano
Quando analisamos a evolução do PIB, os números são impressionantes. Em Maceió, os valores de 2002 a 2023 foram os seguintes:
- 2002: R$ 4,28 bilhões
- 2022: R$ 29,38 bilhões
- 2023: R$ 33,75 bilhões
Arapiraca, por sua vez, também registrou um crescimento significativo:
- 2002: R$ 642,1 milhões
- 2022: R$ 5,85 bilhões
- 2023: R$ 6,88 bilhões
Embora todos os municípios alagoanos tenham registrado crescimento absoluto do PIB entre 2002 e 2023, o ritmo desse crescimento variou. Essa desigualdade explica as oscilações na participação relativa de cada município no PIB estadual no decorrer do período.
Principais Variações no PIB Municipal
Os dados também indicam quais municípios alagoanos mais ganharam participação no PIB entre 2002 e 2023:
- Arapiraca: de 5,57% para 7,67% (+2,10 p.p.)
- Maragogi: de 0,62% para 1,36% (+0,74 p.p.)
- Branquinha: de 0,30% para 0,95% (+0,65 p.p.)
- Atalaia: de 1,21% para 1,83% (+0,62 p.p.)
- Murici: de 0,61% para 1,20% (+0,59 p.p.)
Por outro lado, alguns municípios enfrentaram perdas de participação, como:
- São Miguel dos Campos: de 4,20% para 1,78% (-2,42 p.p.)
- Coruripe: de 3,92% para 2,68% (-1,24 p.p.)
- Rio Largo: de 2,80% para 2,27% (-0,53 p.p.)
- Boca da Mata: de 1,08% para 0,63% (-0,45 p.p.)
- Capela: de 0,66% para 0,28% (-0,38 p.p.)
Esses dados ilustram a dinâmica econômica do estado, mostrando que, enquanto algumas áreas se destacam, outras enfrentam desafios significativos. O estudo evidencia a necessidade de políticas públicas direcionadas para equilibrar o desenvolvimento econômico entre os diferentes municípios alagoanos.

