Daniel Salles: Um Nome Imortal na Cultura Amazonense
Faleceu recentemente Daniel Salles, um destacado compositor, escritor e pesquisador que deixou uma marca indelével na cultura do Amazonas. Sua obra mais conhecida, “É Tempo de Sambar”, se tornou uma referência vital entre estudiosos e jornalistas que analisam o carnaval de Manaus. Neste livro, Salles documentou décadas de desfiles, personagens icônicos e os bastidores que ajudaram a moldar o samba no estado, o que lhe rendeu o apelido de “Lamartine Babo do Amazonas”.
Mas a influência de Salles não se restringiu apenas à música. No mundo esportivo, ele também deixou um legado significativo, criando hinos para clubes tradicionais como América-AM, Manaus FC, Amazonas FC e Princesa do Solimões. Sua paixão pelo futebol e pela música se entrelaçavam, refletindo um amor profundo pela cultura local.
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Além disso, Daniel Salles teve um vínculo especial com a escola de samba Sem Compromisso, onde suas contribuições foram essenciais. Ele compôs sambas inesquecíveis nos carnavais de 1994 e 1999. Em reconhecimento ao seu trabalho, foi homenageado em 2025 com o “Troféu Agnaldo do Samba”, uma distinção que celebra as lendas vivas do carnaval amazonense.
Amigos e colegas ressaltam não apenas seu talento, mas também sua inteligência e gentileza. Salles era conhecido por sua memória prodigiosa e sua capacidade de discorrer sobre temas que abrangiam a cultura popular, o futebol regional, a imprensa esportiva, o carnaval e as crônicas da Manaus antiga. Sua presença era sempre marcada por um profundo conhecimento e uma paixão contagiante pelos assuntos que abordava.
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A morte de Daniel Salles representa uma grande perda não apenas para a música, mas para toda a cultura amazonense. Seu legado continuará a inspirar novas gerações, e sua obra será sempre lembrada como uma peça fundamental na tapeçaria cultural do estado. Através de sua música e escrita, ele conseguiu eternizar a essência do carnaval de Manaus e o espírito vibrante da cultura local.