Superação e Compromisso no Agosto Negro
Luana Santos, residente em Japaratinga, Alagoas, fez uma jornada notável para se unir ao Encontro Agosto Negro em Escuta Ativa Ampliada, que ocorreu no dia 27 de setembro. O evento abordou temas essenciais como Mulheres Negras, Periferia, Democracia e Justiça Racial. E, surpreendentemente, Luana não hesitou em enfrentar a viagem de 121 km, o que equivale a quase duas horas de deslocamento da sua cidade até a capital, Maceió.
Localizada entre Maragogi e Porto de Pedras, Japaratinga é uma cidade pequena, mas isso não impediu Luana de fazer o que era necessário para estar presente. Mesmo após a mudança da data do evento, que foi adiado para setembro, sua determinação permaneceu firme. Ao saber do adiamento, prontamente questionou: ‘Preciso fazer nova inscrição?’. Essa atitude demonstra seu comprometimento com o aprendizado e a participação social.
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Ainda que enfrentasse desafios significativos devido à sua condição de mulher negra com deficiência, Luana não se deixou desanimar. Ela pagou suas passagens para o trajeto de Japaratinga a Maceió e, ao chegar na capital, optou por um moto táxi que a levou até o Conjunto Benedito Bentes II, onde o Agosto Negro foi realizado. Apesar da exaustão, sua chegada representou um ato de resistência e de esperança nas lutas antirracistas e de gênero promovidas pelo Instituto Raízes de Áfricas.
Com um sorriso no rosto e um espírito indomável, Luana declarou: ‘Estamos juntas!’, reforçando a importância da solidariedade na luta contra o racismo e a desigualdade. O comprometimento de Luana Santos inspira não apenas aqueles ao seu redor, mas também a ativista Arísia Barros, que expressou sua gratidão pela coragem da jovem. ‘Obrigada, moça, pela confiança!’, disse Arísia, ressaltando a importância de vozes como a de Luana na construção de um futuro mais justo e igualitário.