Desarticulação de Rifas Ilegais em Alagoas
As autoridades de Alagoas conseguiram desarticular um esquema de rifas ilegais que operava na internet e que acumulou um montante superior a R$ 33 milhões nos últimos meses. As investigações revelaram que um grupo, liderado por um ex-policial militar, manipulava sorteios e rifas, comercializando bilhetes que prometiam prêmios elevados, mas que eram na verdade fraudulentos, garantindo que os verdadeiros participantes ficassem sem chance de ganhar.
De acordo com informações do programa Fantástico, Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti, é apontado como o principal responsável por essa operação ilegal. Ele, que também é influenciador digital, teve seu estilo de vida opulento, com propriedades luxuosas, automóveis importados e viagens extravagantes, atrelado a esse esquema, segundo o Ministério Público de Alagoas (MP-AL).
O Papel dos Influenciadores Digitais
O promotor Cyro Blatter, que coordena o Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal do MP-AL, enfatizou a falta de controle nesse tipo de jogo. Além de sua participação em rifas ilegais, Kel Ferreti também oferecia cursos não homologados, prometendo lucros em apostas online, que lhe renderam cerca de R$ 400 mil em um único mês.
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Fonte: odiariodorio.com.br
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Fonte: acreverdade.com.br
Outra figura importante sob investigação é Laís Oliveira, uma influenciadora digital com uma audiência de cinco milhões de seguidores. Ela teria recebido quase R$ 1 milhão entre janeiro e abril de 2024 de uma das empresas associadas a Kel Ferreti, enquanto seu marido, Eduardo Veloso, também influenciador, recebeu R$ 456 mil no mesmo período. Ambos foram detidos em Fortaleza durante uma operação do Ministério Público em dezembro de 2024.
Consequências Judiciais e Histórico Criminal
A defesa do casal alegou que não teve acesso a provas mencionadas nas investigações e que sua participação foi meramente de serviços publicitários. Enquanto isso, Kel Ferreti foi preso em Maceió durante a Operação Trapaça, que resultou na apreensão de bens valiosos, incluindo joias e cerca de R$ 20 mil em dinheiro.
O histórico criminal de Kel Ferreti inclui uma expulsão da Polícia Militar em dezembro de 2023, após a divulgação de seu voto em uma rede social, o que contraria as normas eleitorais. Ele também enfrentou condenações por crimes graves, incluindo um caso de estupro, que resultou em uma sentença inicial de dez anos de reclusão, reduzida posteriormente para oito anos. Atualmente, ele cumpre pena em regime domiciliar, usando tornozeleira eletrônica e com restrição de contato com a vítima.
A defesa de Kel Ferreti refutou as alegações de que ele operava plataformas de apostas, afirmando que sua atuação se limitava à divulgação de produtos e serviços. Além disso, ele negou as acusações de estupro e pretende recorrer da decisão judicial.