Desvendando a Crise do CSA
Na tarde da última segunda-feira (22), uma coletiva de imprensa realizada no CT Gustavo Paiva reuniu Ney Ferreira, presidente interino do CSA, e membros da Comissão de Investigação, como Ricardo Omena e Carlos Lessa. O principal foco da reunião foi a delicada situação financeira enfrentada pelo clube, que atualmente acumula mais de R$ 1 milhão em contas a pagar. Ney Ferreira destacou que o Conselho Deliberativo tem trabalhado arduamente para mapear as finanças do CSA, o que, segundo ele, tem gerado reações adversas. “É natural que surjam reações contrárias, mas é um trabalho necessário para garantir transparência e responsabilidade na gestão do CSA”, afirmou.
Ferreira também revelou que a equipe identificou a existência de pagamentos de bônus a jogadores que estavam sendo feitos de maneira irregular, através de uma única conta de um diretor, cuja autenticidade dos comprovantes ainda está sendo investigada. “Cadê os comprovantes? Será que esses jogadores realmente receberam? Estamos apurando isso e queremos explicações”, declarou.
Problemas Estruturais e Afastamento da Diretoria
Durante a coletiva, o presidente interino também comentou sobre o afastamento da diretoria anterior, que ocorreu devido a uma gestão considerada temerária. “Estamos investigando vários pontos que indicam irregularidades. Câmeras de segurança que deveriam estar no CT desapareceram. Das 20 que estavam aqui, apenas 12 foram encontradas. É uma verdadeira bagunça”, ressaltou Ney.
Ele mencionou ainda a situação precária das instalações do clube, mostrando um vídeo que ilustra as condições do CT: “Pegamos o CT em condições deploráveis, com infiltrações nas paredes, banheiros sem portas e salas cheias de caixas no chão. A falta de manutenção é evidente”, afirmou Ney, ressaltando a necessidade urgente de intervenção para reverter essa situação caótica.
Denúncias de Agiotagem e Aumento de Passivo
Uma das denúncias mais graves feitas por Ney Ferreira durante a coletiva foi a de que o CSA teria contraído empréstimos com agiotas, tudo isso sem a devida autorização do Conselho. “Isso é sério. Quem irá pagar por isso? É uma situação muito complicada”, lamentou. O presidente interino ainda se mostrou perplexo com o aumento repentino do passivo do clube, que passou de R$ 920 mil para R$ 980 mil em dois dias, e posteriormente para R$ 1 milhão e 254 mil em menos de uma semana. “Como é possível que as contas aumentem de forma tão abrupta? Precisamos entender onde estão os pagamentos que não foram apresentados. A contabilidade precisa ser clara e fechada”, concluiu.