Cerimônia de Honra ao Legado de Marluce Caldas
Na última terça-feira, o Colégio de Procuradores de Justiça do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) realizou uma cerimônia especial em homenagem à ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Marluce Caldas Bezerra. O evento ocorreu durante a 9ª Reunião Extraordinária de 2025 e destacou a relevância da magistrada, que recentemente assumiu a vaga deixada pela ministra Laurita Vaz. Com uma carreira que se estendeu por quase quatro décadas no Ministério Público Estadual, de 1986 até 2025, Marluce é reconhecida por sua experiência e contribuição ao sistema judiciário brasileiro.
A solenidade foi marcada por elogios à trajetória de Caldas, refletindo a alegria e o orgulho que sua presença representa para o estado de Alagoas, especialmente na composição de uma das mais altas cortes de Justiça do País. “Esse é um momento histórico para Alagoas, para a magistratura e para o Ministério Público. Tive a honra de trabalhar ao lado da Dra. Marluce na Vara da Infância e Juventude. Ela é uma profissional sensível, que traz uma abordagem humanitária ao Direito, e certamente fará uma contribuição significativa à magistratura nacional”, ressaltou o Presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), desembargador Fábio Bittencourt.
O procurador-geral de Justiça de Alagoas, Lean Araújo, também enfatizou o simbolismo da nomeação de Caldas. “Esta é uma conquista que representa não apenas a sua trajetória no MP/AL, mas também o triunfo de uma mulher alagoana que assume uma posição no STJ. Isso é um marco para o nosso Ministério Público, que, apesar de sua estrutura reduzida, é grande em ações, e para a sociedade alagoana, que agora conta com dois representantes no cenário nacional”, afirmou.
Emocionada pela homenagem, Marluce Caldas expressou sua gratidão e refletiu sobre sua longa trajetória no MP. “Estar novamente no MP de Alagoas, uma instituição à qual dediquei quase quarenta anos de minha vida em defesa da sociedade, é uma emoção indescritível. Minha chegada ao STJ também significa um avanço na representação feminina nas altas cortes. Sou a nona mulher a integrar a história do tribunal, a primeira vinda do Ministério Público estadual, a única na 5ª Câmara Criminal e a única mulher na 3ª Seção. Essa responsabilidade me enche de honra e simboliza a força das mulheres e do povo nordestino”, declarou a ministra.
Caldas ainda destacou que sua carreira foi pautada pela defesa de grupos vulneráveis, incluindo crianças, adolescentes e idosos, e sua atuação em políticas públicas. “Sempre trabalhei incansavelmente na execução de projetos que visavam defender os mais vulneráveis, lutar pela preservação da vida, pela redução da mortalidade no trânsito, pelo fortalecimento dos conselhos tutelares e pela ampliação de creches. Essa função ampla do MP sempre foi meu motor, especialmente aqui no nosso Nordeste”, concluiu a nova ministra do STJ.