Uma Jornada de amor e Adoção
Renata e Pedro Darzi, um casal do Rio de Janeiro, recentemente se tornaram os protagonistas de uma história emocionante que ganhou notoriedade nas redes sociais. Eles decidiram ampliar a família ao adotar três irmãs biológicas: Maria Fernanda, Maria Valentina e Maria Cecília, que viviam em Teotônio Vilela, Alagoas. O casal já era pai de Maria Luiza, uma menina com paralisia cerebral, e a adoção das três pequenas trouxe um novo capítulo repleto de amor e expectativa.
Em vídeos que viralizaram nas plataformas digitais, o casal compartilhou o momento da partida rumo ao Nordeste para buscar as meninas. “Estamos saindo do nosso estado com uma filha e, quando voltar, seremos quatro. Não sabemos o que nos espera”, disse Renata, com uma mistura de emoções, ao deixar o Rio de Janeiro.
Do Virtual ao Real: O Processo de Adoção
A jornada de adoção foi marcada por um intenso processo de aproximação que durou cerca de dez meses. Durante esse período, Renata e Pedro mantiveram contato constante com as meninas, utilizando a tecnologia para estreitar os laços. Em encontros presenciais esporádicos, eles acompanharam a adaptação das pequenas, criando um vínculo emocional antes mesmo da formalização da adoção.
“Tivemos dez meses para nos acostumar com a ideia de que teríamos três filhas a mais. Passei por muitas dúvidas e angústias, ouvindo histórias tristes de adoções que não deram certo. Porém, agora só sinto alegria”, compartilhou Renata, que a princípio tinha a intenção de adotar apenas duas crianças, mas ao conhecer as Marias, decidiu, por amor, ampliar a família.
Momentos de Alegria e Nova Dinâmica Familiar
As irmãs agora fazem parte da família Darzi, e um dos momentos mais emocionantes foi quando Maria Fernanda, durante uma sessão com a psicóloga, fez um desenho representando a nova casa. No papel, ela desenhou não apenas a sua imagem, mas também das duas irmãs, de Renata, de Pedro e de Malu, a filha mais velha. “Ela retratou com carinho a nova configuração familiar”, contou Renata, visivelmente emocionada.
Pedro também se referiu ao processo de adoção como uma “gestação emocional”. “A partir de agora, tudo muda. Quando você engravida, vive as transformações a cada mês. Com a adoção, tivemos uma experiência semelhante, mesmo com um tempo mais curto de preparação”, refletiu.
Adoção no Brasil: Um Cenário Preocupante
Em um panorama mais amplo, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Alagoas abriga atualmente 408 crianças e jovens abrigados, dos quais apenas 41 estão aptos para adoção. A situação revela a necessidade urgente de mais histórias de acolhimento como a de Renata e Pedro, que não apenas transformaram suas vidas, mas também das três meninas que agora fazem parte de sua história. Essa adoção representa não só amor, mas também esperança em um sistema que muitas vezes é desafiador.