A Luta por Justiça e a Esperança de uma Resolução
Mais de uma década depois do desaparecimento de Davi da Silva, que tinha apenas 17 anos quando foi abordado por quatro policiais militares no Conjunto Cidade Sorriso, bairro Benedito Bentes, em Maceió, o caso finalmente avança para o tribunal. Desde aquele dia fatídico, em 25 de agosto de 2014, a família de Davi não teve notícias dele. O júri popular, que promete ser um marco na história criminal de Alagoas, está agendado para o dia 13 de outubro de 2025. Os réus, Eudecir Gomes de Lima, Carlos Eduardo Ferreira dos Santos, Victor Rafael Martins da Silva e Nayara Silva de Andrade, enfrentam acusações graves, incluindo tortura, homicídio e ocultação de cadáver.
O caso de Davi é notório não apenas pela sua tragédia, mas também pela complexidade que envolve a ação de agentes públicos. Os relatos indicam que Davi estava com um amigo, Raniel Victor de Oliveira, na hora da abordagem. Ambos teriam sido parados por policiais enquanto portavam uma pequena quantidade de maconha para uso pessoal, sem qualquer ligação com atividades ilícitas de tráfico.
Segundo o Ministério Público de Alagoas (MPAL), durante a abordagem, os adolescentes foram agredidos e coagidos a revelar informações sobre uma suposta “boca de fumo” na região. O comando da Radiopatrulha confirmou a presença de sua equipe no local, que era composta por três homens e uma mulher, corroborando os relatos de Raniel, que sobreviveu à abordagem e posteriormente reconheceu os acusados em fotografias.