Em meio ao crescente conflito no Oriente Médio, as Forças Armadas dos Estados Unidos estão intensificando sua presença na região, destacando porta-aviões e caças como parte de uma estratégia militar que visa reforçar a segurança das bases americanas. Recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu uma declaração contundente, exigindo a “rendição incondicional” do Irã e utilizando a palavra “nós” ao discutir os esforços de Israel, insinuando que os Estados Unidos poderiam se envolver ativamente na luta contra o regime persa.
Diante da possibilidade de uma ação militar americana, o Irã começou a se preparar para um possível ataque a instalações militares dos EUA no Oriente Médio, especialmente no Iraque. Fontes do governo americano, que analisaram relatórios de inteligência, informaram que o Irã está mobilizando mísseis e equipamentos bélicos para atacar as forças dos EUA na região, que atualmente contam com aproximadamente 40 mil soldados. Essa movimentação militar iraniana reflete um aumento nas tensões e na preparação para um confronto direto.
As declarações de Trump ocorrem em um momento em que as Forças Armadas dos EUA estão enviando quase 40 aeronaves de abastecimento para a Europa, com o intuito de apoiar caças que protegem as bases americanas ou para aumentar o alcance de bombardeiros que poderiam ser utilizados em um eventual ataque às instalações nucleares do Irã. Além disso, informações da Reuters indicam que os EUA também enviaram caças avançados, como os F-16, F-22 e F-35, que são capazes de interceptar drones e mísseis que têm desempenhado um papel significativo no conflito desde a última sexta-feira.
Em uma postagem em sua rede social, Truth Social, Trump fez comentários provocativos, afirmando saber exatamente onde o líder iraniano, aiatolá Ali Khamenei, “está se escondendo”. Ele descreveu Khamenei como um “alvo fácil” e expressou sua preocupação com a possibilidade de mísseis serem disparados contra civis e soldados americanos, alertando que a paciência dos EUA está se esgotando. Trump elogiou a superioridade aérea de Israel, sugerindo que a tecnologia americana desempenha um papel crucial nessa capacidade, e afirmou que os EUA têm “controle total e completo dos céus sobre o Irã”, indicando um alinhamento com os esforços bélicos israelenses.
Em declarações anteriores, Trump enfatizou a necessidade de um “fim real” do conflito entre Israel e Irã, em vez de um simples cessar-fogo. Durante uma conversa com repórteres a bordo do Air Force One, após deixar a cúpula do G7 no Canadá, ele expressou seu desejo de que a República Islâmica desistisse de suas atividades bélicas e abandonasse seus esforços para desenvolver armas nucleares. Trump foi enfático ao afirmar que não estava interessado em negociar e que as ações devem ser decisivas.
Além disso, Trump incentivou seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o vice-presidente JD Vance, a se reunirem com representantes iranianos, conforme relatos de autoridades americanas. No entanto, se essas tentativas diplomáticas falharem, o presidente pode optar por uma intervenção militar direta, o que representaria um desvio significativo de suas promessas de campanha de evitar um novo conflito no Oriente Médio.
Desde o início dos ataques israelenses na última sexta-feira, Israel se vê em uma posição delicada, necessitando da assistência dos EUA para realizar um ataque à instalação nuclear de Fordow, que está fortemente protegida em uma montanha subterrânea. O ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou que a responsabilidade por essa ação recai sobre ambos os países, afirmando que “o trabalho tem que ser feito por Israel, pelos Estados Unidos”. Gallant acredita que Trump possui “a opção de mudar o Oriente Médio e influenciar o mundo”, ressaltando a importância da colaboração entre as forças americanas e israelenses nesse contexto de crescente tensão e potencial conflituoso na região.
