As vendas no setor varejista em alagoas apresentaram um impressionante crescimento de 10,2% em abril, quando comparadas ao mesmo mês do ano anterior, conforme dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (ibge). Esse desempenho coloca alagoas como o terceiro estado com maior expansão nas vendas do comércio varejista no brasil, perdendo apenas para Santa Catarina, que registrou uma alta de 11,7%, e Paraíba, com 11,6%. Em relação ao mês anterior, as vendas permanecem estáveis, com um leve aumento de 0,5%, sugerindo uma consolidação das vendas no setor.
Quando analisamos o varejo ampliado, que considera também as transações de veículos, peças e materiais de construção, alagoas se destaca com o 7º maior crescimento do país, alcançando uma alta de 4,2% em abril, comparado ao mesmo mês do ano passado. Os estados que lideram nessa categoria incluem a Paraíba com um crescimento de 9,6%, seguido por Ceará (7,2%), Amapá (5,6%) e Pará (5,2%). Comparado ao mês de maio, a alta observada em alagoas foi modesta, de apenas 0,2%.
Considerando o desempenho acumulado, o comércio local acumula uma alta significativa de 4,9%, enquanto, em 12 meses, a variação é ainda mais animadora, com um crescimento de 6,4%. Esses números demonstram uma tendência positiva para o comércio no estado, refletindo o aumento do volume de vendas e a recuperação econômica em várias áreas.
A nível nacional, o volume de vendas no comércio varejista apresentou uma diminuição de 0,4% em abril em comparação com o mês anterior, após uma sequência de três meses de crescimento contínuo. Apesar dessa leve retração, o setor ainda mostra um desempenho estável quando observados períodos mais longos: houve um aumento de 0,3% no trimestre que se encerrou em abril, 4,8% na comparação com abril do ano anterior, 2,1% no acumulado do ano até agora e 3,4% nos últimos 12 meses.
A queda observada de 0,4% entre março e abril foi influenciada por quatro segmentos específicos do comércio: o setor de combustíveis e lubrificantes apresentou uma diminuição de 1,7%, seguido por equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação, que caíram 1,3%. Além disso, o ramo de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve uma redução de 0,8%, enquanto móveis e eletrodomésticos registraram um declínio de 0,3%.
Por outro lado, algumas áreas do comércio mostraram resiliência e crescimento, com destaque para livros, jornais, revistas e papelaria, que tiveram um aumento de 1,6%. Outros artigos de uso pessoal e doméstico cresceram 1%, enquanto tecidos, vestuário e calçados tiveram uma elevação de 0,6%. Além disso, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria também registraram uma leve alta de 0,2%, demonstrando a diversificação dos interesses dos consumidores.
A receita nominal do comércio varejista revelou uma leve variação de 0,1% entre março e abril, mas ainda assim apresentou um crescimento de 11,5% em comparação com abril do ano passado. Até o momento no ano, a receita aumentou em 8,2%, e nos últimos 12 meses, atingiu um crescimento de 8,7%, evidenciando uma recuperação saudável do consumo.
No que diz respeito ao varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e peças, além de materiais de construção, o desempenho foi ainda mais desafiador, com uma queda de 1,9% no volume de vendas entre março e abril. A atividade relacionada a veículos e motos, suas partes e peças sofreu uma diminuição de 2,2%, além de uma queda de 0,4% nos materiais de construção. No entanto, ao comparar com abril do ano anterior, observou-se um crescimento de 0,8%, e o acumulado do ano também foi positivo, com um aumento de 1%, assim como nos últimos 12 meses, que teve uma alta de 2,7%. A receita nominal do varejo ampliado teve uma diminuição de 1,4% em relação ao mês anterior, mas ainda assim cresceu 6,2% quando comparada a abril do ano passado, com 5,9% de aumento acumulado no ano e 7% nos últimos 12 meses.
Esses dados revelam não apenas a dinâmica do comércio em alagoas, mas também o impacto de tendências econômicas e escolhas do consumidor, sinalizando uma fase de transição e adaptação em um cenário econômico em constante mudança.