A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, anunciou na última quinta-feira (19) que o presidente dos Estados Unidos, Donald trump, deve tomar uma decisão nas próximas duas semanas sobre a possibilidade de o país participar do conflito entre Israel e Irã. Durante uma coletiva de imprensa, Leavitt sublinhou que trump ainda acredita na importância de uma solução diplomática para a crescente crise entre as duas nações e que o governo americano continua a considerar o diálogo como uma opção viável.
Ela destacou que o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, tem mantido comunicação constante com representantes iranianos, o que sugere que as negociações ainda podem ser retomadas. Leavitt afirmou que trump acredita que o Irã pode estar disposto a voltar à mesa de negociações em um futuro próximo. Embora o presidente americano esteja sempre aberto a soluções diplomáticas, a porta-voz enfatizou que ele não hesitará em usar a força militar se a situação exigir.
Entretanto, Leavitt foi clara ao afirmar que qualquer acordo com o Irã deve incluir restrições rigorosas ao enriquecimento de urânio. A secretária de Imprensa ressaltou que o Irã nunca esteve tão próximo de desenvolver uma arma nuclear como agora, alertando que o país deve chegar a um acordo ou enfrentar sérias consequências. Ela descreveu a posição do Irã como “vulnerável”, indicando que as opções do país estão se esgotando.
Em relação ao cenário geopolítico, Leavitt mencionou que, até o momento, não há indícios de que a China esteja se envolvendo militarmente no Irã. Mesmo assim, os Estados Unidos continuam monitorando a situação de perto, especialmente com a reunião programada entre autoridades iranianas e representantes europeus que ocorrerá nesta sexta-feira (20). Ela comentou: “Estamos atentos ao desenrolar dos eventos.”
Quando questionada sobre a situação dos preços do petróleo, Leavitt afirmou que trump está acompanhando de perto as flutuações de preços e avaliando diversos fatores que podem impactar o mercado, embora não tenha fornecido detalhes adicionais.
No que diz respeito às hostilidades em curso, um míssil iraniano atingiu um hospital principal no sul de Israel na manhã de ontem, resultando em ferimentos e causando danos significativos, conforme relatado pela unidade médica. Imagens veiculadas pela mídia israelense mostraram janelas quebradas e uma densa fumaça preta no local do ataque. Além disso, outro míssil atingiu um edifício alto e vários prédios residenciais em áreas próximas a Tel-Aviv, ferindo pelo menos 40 pessoas, de acordo com os serviços de emergência de Israel.
Paralelamente, Israel lançou ataques contra o reator de água pesada em Arak, no Irã, como parte de suas ações para desmantelar o programa nuclear iraniano. Este ataque ocorreu no sétimo dia de um conflito que teve início com uma série de bombardeios aéreos israelenses direcionados a instalações militares iranianas, além de autoridades e cientistas envolvidos no programa nuclear.
O Centro Médico Soroka, que foi atingido pelo míssil, possui mais de mil leitos e presta atendimento a cerca de um milhão de habitantes do sul de Israel. Em um comunicado, o hospital informou que várias áreas foram danificadas e que o pronto-socorro estava recebendo pacientes com ferimentos leves. O centro médico foi temporariamente fechado para novos pacientes, exceto em casos de emergência.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, condenou o ataque ao hospital, prometendo que Israel exigirá uma resposta contundente dos responsáveis em Teerã. Por sua vez, o Irã disparou centenas de mísseis e drones contra Israel, mas a maioria foi interceptada pelas sofisticadas defesas aéreas do país, que são projetadas para detectar e neutralizar ameaças antes que atinjam áreas urbanas e infraestruturas críticas. Apesar da eficácia do sistema de defesa, as autoridades israelenses admitem que ele não é infalível.