**bienal Internacional do Livro de Alagoas 2025: Uma Celebração da Cultura e da literatura**
A 11ª bienal Internacional do Livro de Alagoas está prestes a começar, com início programado para o dia 31 de outubro e se estendendo até 9 de novembro. Este evento, considerado o maior festival cultural e literário gratuito do estado, será realizado no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, localizado no jaraguá. Os preparativos estão a todo vapor, e os primeiros nomes de destaque já foram anunciados, prometendo atrair um público diversificado e engajado.
Entre os autores confirmados, destaca-se Djamila Ribeiro, uma filósofa e escritora de renome que se tornou uma das vozes mais influentes do brasil contemporâneo. Coordenadora da iniciativa “Feminismos Plurais”, Ribeiro é reconhecida por suas contribuições literárias, incluindo obras impactantes como “Lugar de Fala” e “Quem tem medo do Feminismo Negro?”. Sua presença na bienal é uma oportunidade imperdível para aqueles que desejam aprofundar-se em questões de gênero, identidade e inclusão.
Outro nome de peso na programação é Sueli Carneiro, uma das principais representantes do feminismo negro no brasil. Como fundadora do Geledés, Instituto da Mulher Negra, Sueli tem dedicado sua vida à luta contra o racismo e pela igualdade de gênero. Seus livros abordam temas cruciais sobre a desigualdade e são referência obrigatória para quem busca entender as dinâmicas sociais do país. A participação de Sueli Carneiro na bienal não apenas enriquece o evento, mas também inspira novas gerações a lutar por uma sociedade mais justa.
Nilma Lino Gomes, pedagoga e ex-ministra da Igualdade Racial, também é uma das confirmadas. Sendo a primeira mulher negra a liderar uma universidade pública federal no brasil, Nilma é uma voz ativa na promoção da educação como ferramenta de transformação social. Sua trajetória e discurso incitam reflexões sobre a importância da inclusão e da diversidade no ambiente acadêmico e na sociedade em geral.
Em um panorama literário diversificado, o vencedor do Prêmio Jabuti, Jeferson Tenório, se junta à lista de participantes. Autor de “O avesso da pele”, Tenório traz uma perspectiva única à literatura brasileira, sendo um carioca que se sente gaúcho e que se destaca por suas colunas reflexivas e sensíveis. Suas obras são traduzidas em várias línguas, evidenciando seu impacto e a ressonância de suas narrativas.
Marcelo Rubens Paiva, conhecido por sua obra “Feliz Ano Velho”, é outro autor que promete enriquecer o evento. Ele transformou sua própria história de vida em um relato poderoso que ressoou em várias gerações. Em sua mais recente publicação, “Ainda Estou Aqui”, ele narra a luta de sua família após o desaparecimento de seu pai durante a ditadura militar, oferecendo uma perspectiva emocional e histórica que resgata memórias coletivas.
A bienal 2025 também contará com a presença de Kleiton Ferreira, um juiz federal que se tornou um fenômeno nas redes sociais, e Monja Coen, que retorna ao evento após sua participação em 2019, trazendo uma proposta de reflexão e espiritualidade ao público. A diversidade de vozes e experiências promete enriquecer ainda mais a programação do evento.
Além dos autores, a bienal prestará homenagens a três importantes patrimônios vivos de Alagoas, que são referências na preservação e disseminação das tradições das religiões de matriz africana. Mãe Neide Oyá d’Oxum será a patronesse, acompanhada de Mãe Mirian, a madrinha, e Pai Célio, o padrinho do evento. Essas homenagens refletem o tema central da edição deste ano: “brasil e África ligados culturalmente em seus Ritos e Raízes”. O professor Eraldo Ferraz, diretor da Editora da Universidade Federal de Alagoas (Edufal), enfatiza que o tema celebra a rica confluência entre as culturas africana e brasileira, abrangendo áreas como literatura, dança e música.
A realização da bienal Internacional do Livro de Alagoas é uma parceria entre a Universidade Federal de Alagoas e o governo do estado, contando com o patrocínio do Sebrae e o apoio da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes). Sob a coordenação do professor Eraldo Ferraz, o evento também recebe o suporte das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de comunicação (Secom) de Alagoas. Com uma programação rica e diversificada, a bienal promete ser um marco na promoção da cultura e da literatura, celebrando a diversidade e a riqueza das vozes que compõem o cenário literário brasileiro.