No contexto do atual conflito no Oriente Médio, as Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram o deslocamento de porta-aviões e caças para a região, intensificando a presença militar americana. Na última segunda-feira, o presidente dos EUA, Donald trump, fez uma declaração contundente, exigindo a “rendição incondicional” do Irã e enfatizando o envolvimento do país nas operações militares de Israel. Essa retórica sugere uma possível participação direta dos Estados Unidos no conflito contra a nação persa, um cenário que pode alterar drasticamente a dinâmica da guerra.
Com a iminente entrada dos EUA na ofensiva, o Irã começou a se preparar para uma possível retaliação, mobilizando mísseis e outros equipamentos militares com o objetivo de atacar bases americanas no Oriente Médio, especialmente no Iraque. Informações de funcionários americanos, compartilhadas com o New York Times, revelam que a inteligência militar está monitorando de perto esses movimentos, já que os EUA mantêm cerca de 40 mil soldados posicionados na região, prontos para qualquer eventualidade.
As declarações de trump ocorreram em um momento em que as Forças Armadas dos Estados Unidos estavam enviando quase 40 aeronaves de abastecimento para a Europa, com a capacidade de apoiar caças que protegem as bases americanas ou ampliar o alcance de bombardeiros que poderiam ser utilizados em um ataque a instalações nucleares iranianas, conforme relatado pelo New York Times. Além disso, fontes da Reuters informaram que os EUA também enviaram caças avançados, como os F-16, F-22 e F-35, que são essenciais para interceptar drones e mísseis, amplamente empregados no conflito desde a última semana.
Em uma postagem em sua rede social, Truth Social, trump afirmou ter conhecimento sobre a localização do aiatolá Ali Khamenei, descrevendo-o como um “alvo fácil”, mas que estaria protegido. Ele enfatizou a urgência de evitar que mísseis fossem disparados contra civis ou soldados americanos, mencionando que a “paciência está se esgotando” em relação às provocações iranianas. Ao elogiar a superioridade aérea de Israel, resultado em parte da tecnologia americana, trump declarou: “Agora temos controle total e completo dos céus sobre o Irã”, demonstrando seu alinhamento com os esforços bélicos israelenses.
Mais cedo, trump havia comentado sobre a necessidade de buscar algo “melhor que um cessar-fogo” entre Israel e Irã, desejando um “fim real” ao conflito, e não apenas uma pausa. Em declarações feitas a repórteres durante o voo de volta ao país, após participar da cúpula do G7 no Canadá, ele expressou que desejava que a República Islâmica desistisse de suas hostilidades e abandonasse qualquer tentativa de desenvolver armas nucleares. “Não estou muito a fim de negociar”, ressaltou.
Além disso, trump incentivou seu enviado para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o vice-presidente JD Vance a se reunirem com representantes iranianos, segundo informações de autoridades americanas. Contudo, se as tentativas diplomáticas falharem, a opção de uma intervenção militar direta por parte dos EUA poderá ser considerada. Tal decisão marcaria um retorno dos Estados Unidos a um novo conflito no Oriente Médio, algo que trump prometeu evitar em suas campanhas eleitorais.
Desde o início dos ataques de Israel na última sexta-feira, o país tem solicitado o apoio dos EUA para atacar a instalação nuclear de Fordow, que está fortemente protegida, localizada em uma montanha subterrânea. Israel não dispõe dos recursos necessários, como a bomba fura-bunker Massive Ordnance Penetrator, que pesa 13.660 kg, nem das aeronaves adequadas para transportá-la. O ex-ministro da defesa israelense, Yoav Gallant, declarou à CNN que “o trabalho precisa ser feito por Israel e pelos Estados Unidos”, ressaltando que trump detém a capacidade de transformar a situação no Oriente Médio e influenciar o cenário global.
Essa complexa teia de relações, tensões e potenciais confrontos destaca a fragilidade da paz na região, e a necessidade de um diálogo eficaz para evitar uma escalada que poderia ter consequências devastadoras não apenas para os países envolvidos, mas para a estabilidade global. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, temendo que uma nova fase de hostilidades possa se iniciar a qualquer momento.