**deputado Denuncia Ocupação ilegal de Terras pelo MST em arapiraca**
Na sessão plenária realizada nesta terça-feira, 17 de junho de 2025, o deputado estadual Ricardo Nezinho, do MDB, trouxe à tona uma grave denúncia envolvendo a ocupação ilegal de terras por parte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST), ocorrida em uma propriedade rural localizada em arapiraca. O parlamentar argumentou que esse incidente marca um retrocesso significativo para a história do município e tem gerado um clima de insegurança entre os pequenos agricultores da região, que dependem da estabilidade para suas atividades.
Ricardo Nezinho revelou que aproximadamente 100 membros do MST invadiram a Fazenda Laranjal, uma propriedade de mais de 200 tarefas, que está devidamente registrada em cartório e é dedicada ao cultivo de diversas culturas, incluindo milho, mandioca e fumo. O deputado enfatizou que a fazenda desempenha sua função social, contribuindo para a economia local, e classificou a invasão como um ato ilegal e sem justificativa. Ele destacou que a Justiça já havia determinado a desocupação do imóvel em um prazo de 15 dias, mas o MST recorreu da decisão judicial, alegando que a propriedade não estaria cumprindo sua função social e que existiria um interesse da União sobre a área.
Entretanto, o desembargador Fernando Tourinho, responsável por relatar o Agravo de Instrumento, rejeitou os argumentos apresentados pelo movimento e decidiu manter a ordem de desocupação da fazenda. Nezinho expressou sua preocupação com a situação, afirmando que arapiraca sempre foi conhecida por sua “reforma agrária natural”, caracterizada pelo crescimento e fortalecimento de pequenos produtores sem a necessidade de conflitos. Ele salientou que a invasão gera um clima de medo não apenas para o proprietário da fazenda, mas também para todos os agricultores da região, que temem por suas terras e suas colheitas.
Durante o pronunciamento do deputado Nezinho, outros parlamentares se manifestaram. O deputado Ronaldo Medeiros, do PT, optou por não discutir a legalidade da ocupação, mas fez uma defesa do MST, considerando o movimento como uma entidade séria e produtiva. Por outro lado, o deputado Cabo Bebeto, do PL, recordou que há uma lei de sua autoria que impõe multas a invasões ilegais. Ele criticou a ação do MST, afirmando que os invasores estão cientes da ilegalidade de suas ações, mas continuam com as invasões, descrevendo-os como “maloqueiros” que se aproveitam da inação de muitos.
A deputada Cibele Moura, do MDB, que é idealizadora e parte da Frente Parlamentar em Defesa da Propriedade Privada, elevou o tom ao expressar sua solidariedade à comunidade de arapiraca. Ela lamentou o fato de que alguns parlamentares defendam o MST, afirmando que o movimento luta para tomar as terras de trabalhadores brasileiros e manifestou o apoio da Frente Parlamentar aos pequenos produtores da região.
Essas discussões refletem a tensão em torno da reforma agrária e a disputa por terras no Brasil, temas que continuam a ser debatidos intensamente no cenário político. A situação em arapiraca é um exemplo das dificuldades enfrentadas por muitos agricultores e da necessidade de um diálogo mais eficaz entre os diferentes atores sociais envolvidos. A esperança é que, por meio de um entendimento mútuo e respeitoso, seja possível encontrar soluções que garantam a segurança dos pequenos produtores e a justiça social, sem que sejam necessárias invasões e conflitos que apenas aprofundam a divisão entre as partes. A luta pela terra é um tema sensível e complexo que exige atenção e ações equilibradas para promover um futuro sustentável para todos os envolvidos.