**Investimento em Mineração de Ouro em alagoas: Pacific Bay Minerals Foca no projeto Pereira-Velho**
No vibrante cenário mineral do nordeste, o Agreste alagoano, especificamente a região de Arapiraca, está prestes a se tornar um novo polo para a mineração de ouro, com um investimento significativo de US$ 1,56 milhão pela mineradora canadense Pacific Bay Minerals. A empresa formalizou uma carta de intenção com a Appian Capital Advisory, gestora britânica, para adquirir completamente o projeto Pereira-Velho. Este investimento, previsto para ser realizado em 2025, está projetado para incluir uma série de etapas cruciais, como perfurações confirmatórias, testes metalúrgicos e uma avaliação econômica preliminar.
De acordo com informações divulgadas pela Pacific Bay, o acordo foi estabelecido no início do ano e teve sua validade estendida em maio, após a entrega de um relatório técnico que atende ao rigoroso padrão internacional NI 43-101. A mineradora canadense salienta o potencial promissor da área, que apresenta uma considerável quantidade de ouro livre próximo à superfície e conta com infraestrutura favorável, como acesso asfaltado, rede elétrica e a proximidade da cidade de Arapiraca, que possui mais de 230 mil habitantes.
Entre 2018 e 2022, a região já recebeu 47 furos de sondagem, totalizando mais de 6 mil metros de perfuração. Os testes laboratoriais realizados até o momento indicaram uma recuperação metalúrgica de até 94,8%, o que sugere viabilidade para métodos de extração de baixo custo, como a lixiviação em pilha. Essa alta taxa de recuperação é um indicativo positivo para a sustentabilidade e eficiência econômica do projeto.
Reagan Glazier, CEO da Pacific Bay, afirmou que o projeto Pereira-Velho combina características raras e desejáveis: mineralização superficial com predominância de óxido, boa infraestrutura de apoio, resultados promissores em testes metalúrgicos e dados históricos que podem ser valiosos para a continuidade do projeto. A próxima fase envolve a validação das informações existentes e a realização de estudos aprofundados, com a conclusão das análises prevista para o final de 2025. Caso a aquisição seja efetivada, o acordo estipula royalties de 1,5% sobre a produção futura, com uma cláusula de recompra parcial.
O impacto do projeto Pereira-Velho vai além do desenvolvimento econômico da região. Além de gerar empregos e aumentar a arrecadação local, a iniciativa pode colocar alagoas no centro das atenções do setor mineral brasileiro, especialmente em um momento em que o mercado internacional de ouro apresenta forte valorização. Essa valorização pode atrair ainda mais investimentos e impulsionar o crescimento econômico da região.
Nas proximidades do projeto Pereira-Velho, encontra-se a Mina de Cobre Serrote, em Craíbas, que é explorada pela Mineração Vale Verde (MVV). Esta mina foi adquirida pela Appian em 2018, quando ainda pertencia à Aura Minerals. A recente venda da mina para o grupo chinês Baiyin Nonferrous, concluída em abril por US$ 420 milhões, destaca a relevância estratégica da mina na cadeia produtiva de cobre.
Desde o início das operações, a MVV já exportou mais de 300 mil toneladas de concentrado de cobre para diversos países, incluindo China, Finlândia, Índia, Polônia e Tailândia, consolidando a posição de alagoas no mapa das exportações internacionais de minério de cobre. Essa dinâmica de exportação não apenas reforça a economia local, mas também posiciona alagoas como um player importante no mercado global de minérios.
Embora a Appian Capital tenha sido contatada para comentar sobre o projeto, a gestora optou por não divulgar informações adicionais no momento, citando motivos estratégicos. A expectativa, entretanto, é que a movimentação em torno do projeto Pereira-Velho continue a atrair interesse e investimentos, impulsionando ainda mais o setor mineral em alagoas e contribuindo para o desenvolvimento econômico regional.
Com essa nova fase de investimento e exploração mineral, alagoas se prepara para um futuro promissor, onde a mineração de ouro pode se tornar um dos pilares da economia local, trazendo benefícios não apenas para as empresas envolvidas, mas também para a comunidade e o estado como um todo.