O estado de alagoas se destaca como o líder do nordeste na redução da desigualdade de renda, conforme revela o Ranking de Competitividade dos Estados de 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) — uma entidade que promove o envolvimento cívico e a formação de líderes públicos para enfrentar as questões sociais mais prementes do brasil. O estudo indica que alagoas subiu quatro posições de 2023 para 2024, alcançando 72,4 pontos em uma avaliação que varia de zero a 100. Esse notável desempenho posiciona alagoas como o quinto estado mais competitivo do brasil, superado apenas por Santa Catarina, que lidera com 100 pontos, seguida por Rondônia (83,85), Mato Grosso (79,69) e Paraná (77,6).
Na sequência, Pernambuco se destaca como o segundo estado nordestino no que diz respeito à desigualdade de renda, ocupando a 14ª posição no ranking nacional com 57,29 pontos. Os estados maranhense (18ª posição), sergipano (19ª) e baiano (20ª) também se destacam positivamente nesse contexto. Em contrapartida, o Piauí permanece no fim da lista, com um índice que atinge zero pontos na escala.
A desigualdade de renda é um dos 99 critérios que compõem os dez pilares utilizados para a avaliação do Ranking de Competitividade dos Estados, que inclui áreas como Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação. Nos últimos dez anos, alagoas progrediu dez posições, saindo da última colocação em 2015 e alcançando o 17º lugar na lista geral. No cenário regional do nordeste, o estado se posiciona em terceiro lugar, atrás apenas da Paraíba, que figura como a mais bem classificada, e do Ceará, que ocupa o segundo lugar.
O levantamento da CLP destaca que em 2015, alagoas estava mal posicionado em quase todos os pilares de análise: 27º em segurança pública e educação, 26º em potencial de mercado, 25º em sustentabilidade social e capital humano, 22º em inovação, 21º em infraestrutura, 20º em solidez fiscal e sustentabilidade ambiental e 17º em eficiência da máquina pública. Atualmente, o pilar de segurança pública apresenta um salto significativo, passando do último para o 11º lugar entre os estados, representando uma melhora de 16 posições. Além disso, a questão da sustentabilidade social, que inclui a desigualdade de renda, mostra um avanço de duas posições desde o 20º lugar alcançado em 2015.
De acordo com um estudo recente do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV / IBRE), alagoas obteve a segunda maior queda na taxa de pobreza no nordeste entre 2012 e 2024, com o índice diminuindo de 60,7% para 41,4%, o que representa uma redução de 19,3 pontos percentuais. A única performance superior foi da Bahia, onde a taxa de pobreza caiu 19,4 pontos percentuais. A redução em alagoas foi mais pronunciada em comparação com a média nordestina, que foi de 16,9 pontos percentuais. O Piauí também figurou no topo da lista, com uma redução de 18,3 pontos percentuais.
Em outro recorte temporal, entre 2022 e 2024, sob a gestão de Paulo Dantas, alagoas registrou a terceira maior redução na taxa de pobreza, com uma queda de 13,1 pontos percentuais. A Bahia novamente liderou, com um declínio de 14,5 pontos percentuais, seguida pela Paraíba, que registrou uma queda de 13,9 pontos percentuais. O Ceará, por sua vez, apresentou a menor correção entre os estados nordestinos, com 8,5 pontos percentuais de retração.
A análise relevante dos dados também indica uma intensificação na redução das taxas de pobreza entre 2022 e 2024 em comparação com o período anterior de 2012 a 2024. Essa avaliação considera o rendimento domiciliar per capita e segue diretrizes do Banco Mundial, que define linhas de pobreza em R$ 696 mensais e em extrema pobreza a quantia de R$ 218 mensais. Os pesquisadores atribuem o avanço na questão da pobreza no nordeste, incluindo alagoas, ao aumento da renda do trabalhador na região. De fato, alagoas apresentou a maior elevação da renda per capita do nordeste, com um crescimento de 48,5% entre 2012 e 2024, superando o Rio Grande do Norte, que registrou 46,6%. Por outro lado, Sergipe teve o menor desempenho, com um aumento de apenas 17,8%.
Analisando o intervalo entre 2022 e 2024, a renda média dos alagoanos cresceu 31,7%, subindo de R$ 1.000 para R$ 1.317, colocando alagoas como o segundo estado com melhor desempenho do brasil nesse aspecto, apenas atrás de Pernambuco, que teve um crescimento de 32,2%. Essas melhores estatísticas destacam a trajetória ascendente de alagoas na luta contra a pobreza e a desigualdade de renda, evidenciando um cenário promissor para o futuro do estado.